“- São rosas, senhor! – disse ela ao seu esposo, mostrando os papo-secos - agora transformados em belas flores vermelhas - escondidos no regaço amarrotado por mais um dia de jorna sem fazer puto, a ler revistas “Caras” e a pedir patrocínios à Vista Alegre. - E quão formoo…osas são, minha doo…ce Isaa… abelinha. Quasi tão formoo…osas como vossos láá…ábios em boo…tão, senhoo…ora minha – elogiou o rei, num gaguejar galanteador, piscando nervosamente os olhos e ajeitando, entre o polegar e o indicador da mão direita, o bigode farfalhudo que lhe cobria, tão graciosamente, o rosto.”
[in “O Quintal de Leiria de D. Duarte e D. Isabel”; Eterna Descontente; Editorial Blogspot, 2005]
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“- São rosas, senhor! – disse ela ao seu esposo, mostrando os papo-secos - agora transformados em belas flores vermelhas - escondidos no regaço amarrotado por mais um dia de jorna sem fazer puto, a ler revistas “Caras” e a pedir patrocínios à Vista Alegre.
- E quão formoo…osas são, minha doo…ce Isaa… abelinha. Quasi tão formoo…osas como vossos láá…ábios em boo…tão, senhoo…ora minha – elogiou o rei, num gaguejar galanteador, piscando nervosamente os olhos e ajeitando, entre o polegar e o indicador da mão direita, o bigode farfalhudo que lhe cobria, tão graciosamente, o rosto.”
[in “O Quintal de Leiria de D. Duarte e D. Isabel”; Eterna Descontente; Editorial Blogspot, 2005]
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